Ministério Público defende guarda de dados sem ordem judicial em processo no STF

Ministério Público defende guarda de dados sem ordem judicial em processo no STF

Procurador-geral da República alega que o pedido extrajudicial do MP para preservação de registros telemáticos está de acordo com a Constituição Federal. O Ministério Público (MP) defende a guarda de dados por provedores de internet sem necessidade de ordem judicial, de acordo com o procurador-geral da República, Augusto Aras.  Em memorial enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Aras alega que o pedido extrajudicial do MP para preservação de registros telemáticos está de acordo com a Constituição Federal, a Lei Complementar 75/1993, o Marco Civil da Internet e a Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos.

A manifestação ocorreu no processo HC 222.141, no qual Aras pede que o processo seja julgado pelo Plenário da Corte ou pela Segunda Turma do STF.  O processo trata de um pedido extrajudicial do MP do Paraná em 2019 para obter a identificação das contas de uma investigada, sem solicitar acesso ao conteúdo dos dados. Aras argumenta que a preservação de dados é necessária para assegurar a integridade da cadeia de custódia da prova e que exigir autorização judicial para a preservação do conteúdo ilícito propagado na internet é incompatível com a efemeridade das evidências digitais.

O procurador reafirma ainda a licitude das provas obtidas pelo MP paranaense e argumenta que a paciente não demonstrou o nexo de causalidade entre as solicitações extrajudiciais do MP e a suposta indisponibilidade dos dados dos investigados.

Publicado por: Juliana Moratto

Fonte: Portal Contabeis com informações Ministério Público Federal