Pesquisa mostra que 43% dos executivos entrevistados citaram a relevância da medida no mercado de trabalho. A paridade salarial lidera a lista das medidas apontadas como a mais importante para a promoção da igualdade de gênero no ambiente corporativo, de acordo com a avaliação de executivos da indústria. A conclusão integra um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (8). De acordo com a entidade, 43% dos entrevistados citaram a paridade salarial como a primeira ou a segunda ação mais importante para a igualdade de gênero no trabalho.
A formação de programas que estimulem a ocupação de cargos de chefia por mulheres aparece posteriormente, lembrada por 26% dos executivos. Vem na sequência políticas para proibir a discriminação de gênero (25%) e programas de qualificação de mulheres para desenvolvimeto profissional (25%). A pesquisa ouviu 1.000 executivos industriais, dos quais 40% são mulheres. A paridade salarial voltou ao centro de debates na semana passada. Entre as discussões está a apresentação de um projeto de lei que garantirá remuneração igual a homens e mulheres que exerçam a mesma função.
Segundo a pesquisa da CNI, de cada dez indústrias entrevistadas, seis contam com programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero. O levantamento foi realizado nas cinco regiões do país com representantes de negócios de pequeno, médio e grande porte. Das políticas de gênero já adotadas nas indústrias, as mais citadas foram apoio ao retorno ao trabalho das mulheres após o término da licença-maternidade (81%) e paridade salarial (77%).
O principal obstáculo para a promoção da igualdade de gênero nas empresas, segundo a pesquisa, é o preconceito. Esse obstáculo foi citado por 21% dos entrevistados. A cultura machista aparece em segundo lugar (17%). Por outro lado, 14% dos executivos ouvidos disseram não ver barreiras. O levantamento também investigou se as indústrias contam com áreas específicas para a promoção da igualdade de gênero. Apenas 14% afirmaram manter divisões para o tema. Somente 5% apresentam orçamento próprio para a área.
Autora: Lívia Macario
Fonte: Portal Contabeis com informações da Folha de S. Paulo