Uma nova elaboração dos balanços contábeis estão sendo realizados como parte de investigação sobre o caso Americanas. O caso das lojas Americanas está longe de acabar após a descoberta de inconsistências contábeis que acumulam R$ 40 bilhões, e agora a empresa afirma que todos os balanços contábeis da companhia estão sendo refeitos como parte da investigação em curso sobre o caso. A confirmação de uma nova elaboração dos balanços foi feita pelo atual CEO da Americanas, Leonardo Pereira, nesta terça-feira (28). Ele ainda comentou que a empresa “não tem mais capacidade de errar”. O CEO fez a declaração durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, convocada especialmente para debater a crise da companhia. Quando questionado sobre os possíveis resultados dessa nova avaliação contábil, Pereira recusou antecipar quaisquer resultados das apurações internas.
O caso das inconsistências contábeis da empresa veio à tona em janeiro deste ano, quando a empresa declarou uma diferença de R$ 20 bilhões em suas contas, que eventualmente, ao investigar mais, chegou a R$ 40 bilhões. A Americanas entrou em recuperação judicial no mesmo período, quando gerou suspeita de fraudes e segue sendo investigada. A situação está sendo apurada em 12 processos administrativos e dois inquéritos.
“A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) montou uma força-tarefa com diversas superintendências para apurar esse episódio em cooperação com outros órgãos. A CVM está fazendo uso dos convênios com a Polícia Federal, com o Ministério Público Federal e, no que tange a sua atuação em juízo, a CVM está em constante diálogo da AGU, Advocacia Geral da União, por meio da PRF-2. Até o momento, foram instaurados 12 processos administrativos e 2 inquéritos administrativos”, afirmou o presidente da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento, que também participou da audiência pública.
Planos da recuperação judicial
A empresa afirmou que em seu plano de recuperação judicial consta a priorização de credores trabalhistas, microempresas e pequenas empresas em até 30 dias após a homologação do plano de recuperação. O CEO confirmou, na ocasião, que não houve demissões em massa de seus mais de 40 mil colaboradores e nem o encerramento de lojas e que “o que tem é a cabeça muito focada em achar formas de recuperar o valor desse ativo”.
Publicado por: Izabella Miranda
Fonte: Portal Contabeis