Pela proposta, não interessa a razão do atraso. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1539/19, do Senado Federal, permitindo que as partes e os advogados se retirem em caso de atraso injustificado do início de audiência em causas trabalhistas. A proposta modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para prever que se, até 30 minutos após a hora marcada, a audiência, injustificadamente, não houver começado, as partes e os advogados poderão deixar o local.
A audiência deverá ser remarcada pelo juiz ou presidente para a data mais próxima possível, sendo bloqueada a aplicação de qualquer penalidade às partes. Atualmente, a CLT só admite que as partes deixem o tribunal após atraso do juiz por mais de 15 minutos. Pela proposta, não interessa a razão do atraso, se é a ausência do juiz ou qualquer outro motivo. E o prazo passa para 30 minutos. O texto recebeu parecer favorável do relator, deputado Patrus Ananias (PT-MG).
“Trata-se de uma faculdade concedida às partes, que podem optar por permanecer aguardando a audiência ou se retirar e solicitar a remarcação, de forma a respeitar seus outros compromissos ou necessidades, sem que sejam apenadas em decorrência de um atraso a que não deram causa”, defendeu. O projeto foi analisado em caráter conclusivo e, portanto, poderá seguir à sanção presidencial, contanto que haja recurso para votação pelo Plenário.
Publicado por: Lívia Macario
Fonte: Agência Câmara de Notícias