Atente-se com a atualização obrigatória do Cadastro Único, não perca seus benefícios!

Atente-se com a atualização obrigatória do Cadastro Único, não perca seus benefícios!

Em 2025, a atualização do Cadastro Único tornou-se um ponto focal para o governo brasileiro, impactando diretamente milhões de famílias que dependem de programas sociais. Este cadastro é fundamental para garantir que benefícios como o Bolsa Família e a Tarifa Social de Energia Elétrica sejam distribuídos de forma equitativa.

A obrigatoriedade da atualização dos dados foi reforçada por novas regulamentações, visando maior precisão na alocação dos recursos. Para garantir que todas as famílias sejam informadas sobre a necessidade de atualização, o governo adotou diversas estratégias de comunicação, incluindo o uso de aplicativos e mensagens de texto. Essas medidas buscam assegurar que o processo de atualização seja acessível e eficiente para todos os beneficiários.

Etapas do processo de atualização

O processo de atualização do Cadastro Único em 2025 é dividido em duas fases principais: Averiguação Cadastral e Revisão Cadastral. A primeira fase se concentra em identificar e corrigir quaisquer inconsistências nos dados fornecidos pelas famílias. A segunda fase verifica se todas as informações estão corretas e atualizadas.

Desde o início do ano, os municípios receberam listas com as famílias que precisam realizar a atualização. Além disso, um portal online foi disponibilizado para facilitar o acesso às informações e permitir que estados e municípios acompanhem o progresso das atualizações.

Consequências da falta de atualização

Manter o Cadastro Único atualizado é essencial para que as famílias continuem a receber benefícios sociais. Caso os dados não sejam atualizados, há o risco de suspensão ou cancelamento dos benefícios. O cadastro coleta informações detalhadas sobre as famílias, como endereço, composição familiar e renda, que são fundamentais para a correta alocação dos recursos. Portanto, a atualização é vital para garantir que os auxílios cheguem a quem realmente precisa, evitando que famílias em situação de vulnerabilidade fiquem sem suporte.

Como realizar a atualização dos dados?

As famílias notificadas devem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou a gestão municipal do Cadastro Único para atualizar suas informações. Em alguns casos, a atualização pode ser feita diretamente no domicílio, especialmente para famílias unipessoais.

Além disso, a Central de Atendimento da CAIXA está disponível para esclarecer dúvidas e orientar sobre o processo. Essas medidas visam tornar o processo de atualização mais acessível e menos burocrático, garantindo que todas as famílias possam atualizar seus dados de forma eficiente.

Impacto da atualização nos programas sociais

A atualização do Cadastro Único tem um impacto significativo na eficácia dos programas sociais no Brasil. Com dados mais precisos, o governo pode alocar recursos de maneira mais eficiente, assegurando que os benefícios cheguem a quem realmente precisa.

Essa iniciativa reforça o compromisso com a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das famílias de baixa renda. Com um sistema mais organizado e atualizado, milhões de brasileiros poderão continuar contando com o suporte necessário para superar dificuldades financeiras, garantindo um futuro mais justo e equitativo para todos.

É possível verificar os endereços do CRAS de cada município no link AQUI.

Quais programas podem ser acessados pelo Cadastro Único?

O CadÚnico permite acesso a mais de 40 benefícios do governo federal. Entre eles, estão o Bolsa Família, o BPC, o Auxílio Gás e o programa Pé-de-Meia.

Perguntas e Respostas

O cidadão terá que refazer o cadastro?

❌ Não. Quem já está inscrito no CadÚnico não precisará fazer qualquer atualização ou ação. O acesso aos benefícios seguirá normalizado. Além disso, nada muda no processo de inscrição do cidadão. As alterações no sistema são internas, para os gestores e funcionários que administram os cadastros.

Quando as alterações passarão a valer?

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que o portal dos gestores do CadÚnico ficará fora do ar entre os dias 1º e 16 de março.

A nova versão ficará disponível no dia 17. A pasta ressaltou que o serviço continuará funcionando normalmente durante a suspensão do sistema e que não haverá interrupção nos atendimentos à população.

Segundo o MDS, a data foi escolhida estrategicamente para coincidir com o período do Carnaval, “minimizando os impactos no trabalho dos operadores e entrevistadores”.

Durante esse intervalo, os cadastros podem ser realizados pelos gestores por meio do formulário impresso ou no formato digital em modo offline. “Ou seja, embora o sistema online esteja temporariamente indisponível, as atividades seguirão sem qualquer prejuízo.”

Quem será beneficiado?

Segundo o MDS, as alterações vão beneficiar os mais de 40 mil entrevistadores e operadores do CadÚnico em 9,5 mil unidades de cadastramento, além das mais de 90 milhões de pessoas inscritas. (veja abaixo como se inscrever)

“O novo sistema vai facilitar a vida de quem faz o cadastramento, mas principalmente a vida de quem vai se cadastrar, porque tornará o cadastramento e a atualização de dados sempre mais rápidos e mais ágeis”, informou a pasta.

Como irá funcionar a automatização do novo CadÚnico?

A partir de março, o preenchimento das informações das famílias será automatizado. Ou seja, quando o responsável pelo cadastramento preencher alguns campos no sistema, as informações do cidadão vão aparecer automaticamente. O objetivo é evitar erros e tornar o processo de atendimento na rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) mais ágil.

“Queremos chegar cada vez mais a uma plataforma integrada, na qual boa parte das informações já seja conhecida e que já possa indicar automaticamente os direitos [dos cidadãos]”, explicou a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo.

Ela fez uma comparação com a declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, que já embute dados dos contribuintes sem que eles tenham que declará-los. Na prática, quando o operador preencher o campo com o CPF do beneficiário, serão processadas automaticamente informações de diferentes bases do governo federal, como de óbitos e nascimentos, Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), Receita Federal, Previdência Social, entre outros.

🚨 E ATENÇÃO: A partir da implantação do novo sistema, o CPF passará a ser a chave de identificação de todas as pessoas para o Cadastro Único. Ou seja, será obrigatório para a inclusão e atualização cadastral.

Assim, o Número de Identificação Social (NIS) deixará de ser o código de identificação das pessoas cadastradas.

Os cidadãos que ainda não tiverem um CPF poderão ser incluídas no CadÚnico, mas com estado cadastral “aguardando CPF”. Somente após o registro do documento no sistema a pessoa passará a estar efetivamente cadastrada e elegível para os benefícios.

“O prazo que o cadastro da pessoa poderá ficar aguardando CPF ainda será definido e, após esse prazo, a pessoa que não tiver o CPF registrado no Cadastro Único será excluída de sua base”, informou a pasta.

O sistema ficará mais seguro?

O novo CadÚnico irá contar com uma plataforma de gestão de riscos e monitoramento. O intuito, segundo o MDS, é garantir eficiência, evitar fraudes cibernéticas e outros tipos de irregularidades. 

O sistema irá apontar, por exemplo, atividades atípicas de inscrição, como um cadastro excessivo de um perfil de família em determinado período.

Além disso, terá uma plataforma de relatórios analíticos para que os municípios possam trabalhar as informações do cadastro. Segundo o MDS, isso irá otimizar a gestão e o planejamento de políticas públicas.

De acordo com a pasta, os documentos vão apontar, por exemplo, onde há falta saneamento básico e o perfil de quem vive naquele território. “Com isso, o gestor poderá analisar quais políticas públicas podem ser aplicadas.”

Como será o combate a fraudes e a redução das filas?

O novo CadÚnico, segundo o governo, será importante para corrigir distorções e problemas dos programas sociais, como as fraudes e as filas (pessoas elegíveis que aguardam acesso). O combate às fraudes busca impedir o ingresso (ou excluir) pessoas que não tenham direito aos programas.

Além disso, o intuito é economizar recursos gastos indevidamente, ajudando as contas públicas ou facilitando o acesso de quem tem direito (pois cada programa tem um limite orçamentário). O Ministério do Desenvolvimento Social avalia que o tempo de ingresso nos programas será menor com a melhora do banco de dados, contribuindo para a redução das filas.

A pasta também acredita será possível constatar em quais municípios as filas “reais e qualificadas” estão maiores, podendo atuar para reduzi-las. Segundo Letícia Bartholo, do MDS, o novo CadÚnico atuará, de imediato, como um tipo de “peneira grossa” contra as tentativas mais latentes de fraudes. “Se uma pessoa for lá se cadastrar e informar que tem emprego, o programa pode mostrar que isso não é verdade e já barrar a fraude”, explicou.

Ela também citou um algoritmo que está sendo criado para identificar documentos fraudulentos para a concessão indevida do BPC para famílias unipessoais (de uma pessoa só). “A gente está no Bolsa Família com 18,3%, 19% de famílias unipessoais. A gente calcula que deva chegar a 16%, 16,5%”, acrescentou.

Quem pode se cadastrar no CadÚnico?

Podem se inscrever no CadÚnico as famílias que têm renda mensal de até meio salário-mínimo (R$ 1.518) por pessoa o equivalente a R$ 759.

Para calcular o valor, basta somar a renda de todos e dividir pelo número de pessoas que compõem a família. O CadÚnico também atende a comunidades tradicionais e a grupos específicos, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e população em situação de rua.

Como se inscrever?

As inscrições podem ser feitas pessoalmente, em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou outro posto de atendimento do município. O cadastro é gratuito.  Para a efetivação da inscrição, o responsável precisa levar ao local de atendimento os CPFs de todas as pessoas da família que moram na casa, além de documento com foto do responsável familiar e comprovante de residência. A inscrição no Cadastro Único é realizada somente de forma presencial.

Veja abaixo o passo a passo:

  • 1. Procure um CRAS ou posto do Cadastro Único

O cidadão deve comparecer a um Posto de Atendimento do Cadastro Único para apresentar os documentos de identificação obrigatórios das pessoas da família e complementar outros que sejam essenciais. A apresentação de documentos e a complementação de informações é necessária para que o cadastro seja concluído e o cidadão possa ter direito a solicitar benefícios sociais.

No CRAS, é possível se informar como o cadastramento pode ser feito. Existem casos em que é necessário agendar o atendimento por meio de uma central. De toda forma, por meio do CRAS, o cidadão saberá os passos para realizar a entrevista para acesso ao benefício.

 2. Documentação necessária

A pessoa que fará o cadastramento é chamada de responsável familiar. É necessário que ela leve seu CPF e apresente pelo menos um documento (preferencialmente, o CPF) de cada pessoa da família entre os listados abaixo:

  • Certidão de Nascimento;
  • Certidão de Casamento;
  • CPF;
  • Carteira de Identidade – RG;
  • Carteira de Trabalho;
  • Título de Eleitor;
  • Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI) – somente se a pessoa for indígena.

Os responsáveis por famílias indígenas ou quilombolas não precisam apresentar o CPF ou título de eleitor caso não tenham, mas devem levar outro documento de identificação entre os listados acima.

Pessoas sem documentação ou sem registro civil podem se inscrever no Cadastro Único, mas não poderão ter acesso a programas sociais até que possuam a documentação necessária.

  • 3. Entrevista de cadastramento

Ao procurar o atendimento do Cadastro Único, seja no CRAS ou em um posto do Cadastro Único, a etapa mais importante que o responsável familiar deve realizar é a entrevista.

Um entrevistador social, que é um funcionário da prefeitura, fará perguntas sobre vários aspectos da realidade da família, incluindo:

  • Quem faz parte dela;
  • Quais as características do domicílio;
  • Quais as despesas;
  • Qual o grau de escolaridade dos integrantes;
  • Entre outros pontos.

O entrevistador deve solicitar a assinatura do responsável familiar no formulário preenchido ou impresso e entregar um comprovante de cadastramento.

  • 4. Confirmação do cadastramento: atribuição do NIS

Ao inserir os dados da família no Sistema de Cadastro Único pela primeira vez, o sistema fará checagens para verificar se as pessoas da família já possuem um NIS. Se não tiverem, será atribuído um a elas.

O NIS é o Número de Identificação Social.Apenas pessoas que têm o NIS atribuído podem participar de programas sociais. Esse processo pode demorar até 48 horas e tem como objetivo garantir que cada pessoa cadastrada é única.

Quais programas podem ser acessados pelo Cadastro Único?

O CadÚnico permite acesso a mais de 40 benefícios do governo federal. Entre eles, estão o Bolsa Família, o BPC, o Auxílio Gás e o programa Pé-de-Meia.

Veja a lista:

  1. Ação de Distribuição de Alimentos
  2. Benefício de Prestação Continuada (BPC)
  3. Carteira da Pessoa Idosa
  4. Concessão de bolsas por entidades com Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social com atuação na área da educação (CEBAS-Educação)
  5. Créditos Instalação do Programa Nacional de Reforma Agrária
  6. Programa Digitaliza Brasil – Distribuição de conversores de TV Digital
  7. Facultativo de Baixa Renda
  8. Identidade Jovem (ID Jovem)
  9. Isenção de taxas de inscrição em concursos públicos
  10. Isenções na taxa de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
  11. Programa Bolsa Família
  12. Programa Cisternas
  13. Programa Criança Feliz
  14. Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)
  15. Programa de Fomento Rural
  16. Programa Minha Casa Minha Vida
  17. Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)
  18. Programa Nacional de Reforma Agrária
  19. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
  20. Sistema de Seleção Unificada – Sisu/Lei de cotas
  21. Tarifa Social de Energia Elétrica
  22. Telefone Popular
  23. Programa de Urbanização de Assentamento Precários
  24. Projeto Dom Hélder Câmara
  25. Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES)
  26. Programa Internet Brasil
  27. Programa Auxílio Gás
  28. Programa de Distribuição de Antenas para Usuários que recebem Sinais de TV Aberta
  29. Auxílio-Inclusão
  30. BPC na Escola
  31. Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB)
  32. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
  33. Programa Bolsa Verde
  34. Programa Pé-de-Meia
  35. FIES Social
  36. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
  37. Programa Dignidade Menstrual
  38. Programa Acredita no Primeiro Passo
  39. Programa Passe Livre
  40. Isenção de Pagamento de Taxas sobre Imóvel da União
  41. Tarifa Social de Água e Esgoto

Publicado por: Ingrid Campos /  André Catto

Fonte: Terra Brasil Notícias com informações G1